O Al Wahda, dos Emirados Árabes, pediu à FIFA a execução do pagamento dos R$ 5,3 milhões que tem direito a receber e a punição ao Cruzeiro do rebaixamento à Série C. O motivo é o não pagamento da dívida referente ao empréstimo do volante Denilson, feito em 2016. A informação foi passada pelo presidente Sérgio Santos Rodrigues aos conselheiros do Cruzeiro na noite desta segunda-feira, dia 03 de agosto de 2020, durante assembleia para votar alienação de um imóvel da Raposa. A reunião foi transmitida ao vivo pelo clube.
Segundo slide apresentado pelo presidente na assembleia, a solicitação foi feita pelo Al Wahda há duas semanas. Sérgio diz que ainda aguarda notificação por parte da FIFA e disse que o objetivo da alienação do imóvel em questão é, justamente, não precisar fazer “loucura e correria” para evitar o rebaixamento.
“Temos o problema do Al Wahda, que já causou a perda de seis pontos do Brasileiro. O Al Wahda está pedindo agora a execução do não pagamento, até hoje, destes seis pontos perdidos, que podem acarretar no rebaixamento à Série C. A única punição que pode ter isso, mas nem posso pedir a explicação da gravidade.”
“Nosso grande objetivo é não fazer loucura, não ter que fazer correria se a gente receber essa carta que pode causar a pior punição e daí o motivo de estarmos reunidos aqui hoje.”
A dívida com os árabes, como disse Sérgio Rodrigues, já causou a perda de seis pontos ao Cruzeiro na Série B do Campeonato Brasileiro. A Raposa iniciará a caminhada na competição no próximo sábado, contra o Botafogo-SP, na lanterna e com seis pontos negativos.
Isso porque o clube tinha que ter pagado, até 19 de maio, 850 mil euros (cerca de R$ 5 milhões na cotação daquele dia) ao Al Wahda, o que não aconteceu. O Cruzeiro tentou negociar o parcelamento e até um adiamento diretamente com o clube dos Emirados Árabes, mas não obteve êxito. Agora, precisa pagar esse débito, sob-risco de rebaixamento. Pelo câmbio atual, o valor chega a R$ 5,3 milhões.
Dívidas na FIFA:
Também segundo material apresentado por Sérgio na reunião desta segunda-feira, o clube acumulava, em 31 de maio, último dia de trabalho do conselho gestor, R$ 70,3 milhões em dívidas em processos na FIFA, já contabilizando tributações, como Imposto de Renda e Imposto sobre Operações Financeiras.
Desde então, a diretoria capitaneada por Sérgio Rodrigues quitou uma ordem de pagamento com o Zorya, da Ucrânia, pela aquisição do atacante Willian, hoje no Palmeiras. O valor, pela cotação da época, girava em R$ 4,4 milhões.
Além disso, nas últimas semanas o Cruzeiro conseguiu acordo de parcelamento com o Independiente del Valle por Kunty Caicedo, em uma dívida que supera R$ 9 milhões. Na próxima quinta-feira, o clube também precisará quitar um débito de R$ 2,3 milhões com o Spartak Moscou pelo empréstimo de Pedro Rocha, no ano passado.
Somando todos as ações em tramitação na FIFA, a atual diretoria do Cruzeiro estima um gasto de R$ 2,3 milhões somente com custas processuais.
Por Redação do Ge — de Belo Horizonte
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