O PM Wesley Góes, de 38 anos, que foi morto após atirar contra policiais militares, após um possível surto, em Salvador, foi enterrado na tarde desta segunda-feira, dia 29 de março de 2021, em Itabuna, no sul da Bahia.
Amigos, familiares, além de centenas de policiais participaram do enterro no cemitério Campo Santo, em Itabuna. Foram os amigos policiais que carregaram o caixão para o momento da despedida. Pouco depois das 17 horas, o corpo de Wesley foi enterrado sob muita comoção, aplausos e uma homenagem com fogos de artifício.
Nas redes sociais, também nesta segunda-feira (29), o governador da Bahia, Rui Costa, lamentou a morte do PM Wesley.
“Quero lamentar profundamente o fato ocorrido neste domingo e ao mesmo tempo manifestar meus sentimentos à família do policial envolvido”, disse.
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“Wesley sempre foi um cara muito do bem, muito família, muito alegre, adorava as crianças e desde sempre foi essa pessoa. Amável, amigável, dócil. E a dor é grande demais, sentimento de perda.”
É assim que a amiga e vizinha de Wesley Soares Góes, de 38 anos, Daniela Pereira, se recorda do PM que foi morto após atirar para cima e contra policiais, após um possível surto, na região do Farol da Barra, em Salvador.
O policial estava noivo e morava na cidade de Itacaré, no sul da Bahia, onde era lotado. Ele era conhecido por ser uma pessoa alegre. Segundo a Polícia Militar, em 13 anos de serviço, ele nunca apresentou comportamentos que sugerissem problemas psicológicos.
Outro amigo de Wesley Góes, Bruno Araújo, também lembrou da personalidade alegre do policial e se recordou que ele ficou muito feliz em ter passado no concurso da Polícia Militar, em 2008. Em entrevista à TV Bahia, o comandante-geral da PM, Paulo Coutinho, lamentou a morte do policial, mas disse que a situação teve variáveis que não estavam na mão dos policiais.
“Eu gostaria de deixar bem claro que a gente lamenta profundamente esse episódio e nos solidarizamos mais uma vez com a família do policial militar e com a nossa tropa. O objetivo da ocorrência não era esse, nós tínhamos um prognóstico melhor, infelizmente tem variáveis que não ficam na mão da polícia quando ela intervém e sim do provocador, quando ele faz o disparo tentando atingir policiais militares e qualquer dispersante”, contou.
⇒Entenda o caso:
O soldado Wesley Góes trabalhava na 72ª CIPM, em Itacaré. Na tarde do domingo (29/03), ele foi até a companhia, buscou um fuzil e partiu para o Farol da Barra. Policiais já tinham percebido que ele estava descontrolado e o seguiram.
Góes parou no Farol da Barra, em Salvador. Assim que saiu do carro, fez disparos para o alto e gritou palavras de ordem. Ele estava com o rosto pintado de verde e amarelo. A polícia isolou o local e iniciou uma negociação que durou mais de três horas. Familiares do soldado foram chamados para ajudar.
Durante as tratativas, Góes arremessou bicicletas de banhistas e atirou em isopores de ambulantes no mar. Ele chegou a empurrar motos de PMs e uma viatura. Por volta das 18h30min, o soldado fez uma contagem regressiva e atirou ao menos dez vezes contra o Bope, que atirou de volta e baleou o soldado. Ele chegou a ser socorrido, mas morreu às 23 horas.
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Por G1 e TV Bahia.
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