O goleiro Lucas Arcanjo vive uma situação inusitada neste início de temporada. Na equipe profissional do Vitória, ele é o terceiro reserva, atrás de Martín Rodríguez e Ronaldo. Já no time sub-23, que disputará o Campeonato Baiano, o atleta de 21 anos é o dono da posição de titular.
Dividido entre os dois grupos, o jogador concedeu entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira, dia 09 de janeiro de 2020 e comentou a “vida dupla” na Toca do Leão.
“Estando no profissional e no sub-23 pego experiência com o Martín, Ronaldo, professor Luciano, professor Ferreira. É bem gratificante para mim. Poder jogar no sub-23 é bom também porque pego minutagem para jogar se precisar no profissional.”
A rotina atual é no sub-23, mas o piritibano Lucas Arcanjo sabe que pode ser chamado a qualquer momento para integrar o elenco profissional e ficar à disposição do time comandado por Geninho. Para o goleiro, é preciso estar com um olho em cada grupo.
“Hoje no sub-23. Na verdade, têm uns três dias que estou treinando no sub-23. Quando cheguei, me apresentei ao profissional. Aí teve uma reunião com os treinadores de goleiro. Decidiram treinar no sub-23 e, se precisar no profissional, eu fico de sobreaviso.”
Lucas Arcanjo é o único goleiro do grupo sub-23 que já atuou como profissional. No ano passado, ele participou de uma partida da Série B do Campeonato Brasileiro. Assim, apesar de ter apenas 21 anos, ele é o mais experiente da equipe, que também conta com João Pedro e Yuri como opções para o gol.
No Baiano, Lucas terá a chance de ganhar sequência em uma competição profissional pela primeira vez na carreira. Diante da oportunidade de mostrar serviço, o goleiro não esconde a empolgação.
“Para mim é muito importante. Tem que dar a vida. Oportunidade única para dar seguimento à carreira.”
A estreia do Vitória no Campeonato Baiano será no dia 22 deste mês (janeiro), contra o Jacobina, no Barradão. A partida está marcada para 19h30min (horário de Brasília).
Confira outras declarações de Lucas Arcanjo:
Origem da família
“Meu pai não queria nem que eu fosse goleiro, ele passou em muitos times e tal. Disse que era uma profissão muito sofrida. Quando me levava para os treinos, eu ficava só no cantinho vendo goleiro treinar. E aí quis levar para mim, dar seguimento na carreira dele, que ele não teve tanto sucesso assim.”
Relação com o pai
“Todo dia depois do treino ele me liga. Quando ele vem para Salvador, a gente é do interior, de Piritiba, ele faz questão de acordar cedo, vem comigo, fica assistindo. Conversa comigo antes dos jogos. Quando assiste aos jogos, liga para mim depois.
Ele começou no Galícia, foi para o Mogi Mirim, começou a rodar lá. Noroeste, Mirassol. Em 97 ele foi campeão com o Sampaio Corrêa da Série C do Brasileiro. Teve bastante bagagem para passar para mim
Como falei, ele que me passou tudo. Questão de experiência, fala que é oportunidade única para mim. Ele conversa comigo. Ele me fortalece bastante e me deixa bastante forte mentalmente.”
Galícia
“Estava treinando no interior em 2014, fui para o Galícia, meu pai me levou para lá porque tinha uns contatos. Fui em 2014, joguei alguns campeonatos. Em 2015, depois da Copa São Paulo que teve a transação com o Vitória.”
Pré-temporada
“Treinos bastante intensos. Professor Rodrigo está intensificando bem a parte física. Quando são dois turnos, pela tarde é mais com bola, mais tranquilo.”
Titular do sub-23?
“Ainda não falaram nada, mas tudo indica que sim. Quando sai de férias, já estavam falando que seria uma oportunidade. Vamos ver nos treinos.”
Time preparado para o Baiano?
“Como todo time tem os pilares, os mais velhos, no dia a dia a gente vai conversando com os mais novos que não é tudo isso que a galera fala, para ficar tranquilo. A gente vai passando para eles. Tem que encarar como uma oportunidade.”
Psicológico
“A gente já começou o ano com o psicológico bem positivo para o ano. Com certeza vai ser diferente do que o ano passado. Os resultados vão vir.”
Paciência
“Goleiro tem que ter paciência, treinar intenso, como se fosse jogar. E esperar oportunidade. Foi o que eu fiz no ano passado. Estou pronto para jogar. Primeiro Baiano profissional. Com o ânimo lá em cima.”
Pênaltis de Carleto
“Tem uma força que… (risos). Ele bate e não tem como. Só se ele bater em cima da gente. É bastante difícil. Muita força.”
Adiamento da estreia do Baiano
“A gente ganha mais uma semana. Fisicamente, tecnicamente, entrosamento do time. Fica mais preparado para a estreia porque é um campeonato difícil. Dá para o professor Aguinaldo dar uma organizada legal no time.”
Fonte: Globoesporte.com
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