Gugu foi processado por abuso sexual de menor, revela site.

Uma reportagem publicada pelo site Diário do Centro do Mundo (DCM) na segunda-feira, dia 10 de fevereiro de 2020 revela que Antônio Augusto Moraes Liberato, o Gugu,  teria abusado sexualmente de um adolescente. De acordo as informações do portal, no processo que tramita no Fórum Central Cível de São Paulo e corre em sigilo desde 2017, o apresentador virou alvo de ação com pedido de indenização no valor de R$ 10 milhões.

O processo chegou ao fim quando a vítima renunciou à ação após acordo de R$ 1 milhão. O apresentador também teria arcado com os honorários advocatícios.

O Metrópoles confirmou a existência do processo, aberto em 24 de julho de 2013 e transitado em julgado no dia 23 de agosto de 2017. Durante esses poucos mais de quatro anos, foram 40 tramitações no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).

Em um desses andamentos da ação, a suposta vítima diz ter sido abusada por Gugu de 1997 a 2011. O texto ainda destaca que o apresentador, morto após um acidente doméstico, teria usado de sua influência para impedir a permanência do menor no Programa Fazenda de Verão, comandado à época por Liberato.

A pessoa que acusa Gugu de abuso é Leandro Kloppel Lo Frano. O rapaz alega que, aos 13 anos, teria sofrido violência sexual por parte do apresentador e de um empresário que trabalhava no SBT.

A ação movida contra Gugu também foi tema de comentário de Léo Dias na Rádio Metrópoles 104,1 FM na manhã desta terça-feira (dia 11), durante o programa Os Cabeças da Notícia.

Segundo informações do Diário do Centro do Mundo, o denunciante teria conhecido Gugu em 1997, quando ainda tinha 13 anos. Leandro era modelo e foi chamado para fazer um teste destinado à formação de um novo grupo musical, que se chamaria Boomerang. A banda chegou a ser criada e se apresentou no Sabadão Sertanejo, à época comandado por Liberato, no SBT.

Virilidade:

No teste, de acordo com o DCM, Leandro afirmou que teria sido obrigado a se masturbar na frente de Francisco Suassuna (conhecido como Ramon) para mostrar sua “virilidade”. Ramon era, segundo o processo, o empresário que trabalhava na emissora de Silvio Santos.

Depois de aprovados para integrar a banda, composta apenas por garotos, os pequenos artistas se mudaram para um imóvel.


“Durante seis meses, entre alguns ensaios e algumas aulas, lá estava o Sr. Ramon bulinando um aqui, outro acolá. Ora atacava os meninos quando tomavam banho, ora quando dormiam, razão pela qual os garotos procuravam não mais ficar sozinhos na casa”, destaca trecho da ação.

“Leandro teria sido informado que conheceria Gugu em seis meses, conforme a publicação do DCM. Os garotos teriam ido a duas festas na casa do apresentador. Na ocasião, Leandro já tinha completado 14 anos. Segundo o relato, além do comunicador, estavam presentes Rodolfo, da dupla ET e Rodolfo; o produtor do Domingo Legal, Mariano; e Ramon.”


Na segunda festa, Gugu teria pedido para Leandro ir ao quarto dele.


“Nesta oportunidade, conforme consta em relato no processo, apenas trocas de carícias aconteceram entre os dois”.


Segundo Leandro, a primeira vez que ele e Gugu passaram a noite juntos teria sido após o grupo estourar em programas na televisão.

O processo cita que, quando completou 18 anos, Leandro ganhou de presente uma viagem para a Disney. Gugu teria assinado um documento para as autoridades norte-americanas se responsabilizando financeiramente pelo rapaz. O suposto envolvimento entre os dois acabou quando ambos voltaram ao Brasil.

Em 2007, com 23 anos, Leandro foi para Ibiza, na Espanha, por sugestão de Gugu. Lá, teria sido recebido por Júnior Brasil, amigo do apresentador. Aprendeu inglês e se formou DJ, profissão que segue até hoje.

Depósitos bancários:

Na ação, o rapaz teria apresentado supostos comprovantes de depósitos de Gugu em sua conta, dinheiro que, algumas vezes, era destinado a alugar uma casa para ele e o comunicador se encontrarem.

Leandro ainda acusa Gugu de se envolver em uma possível classificação do ex-Boomerang em seletivas de edição de verão de A Fazenda, na RecordTV. Naquele ano, Liberato foi apresentador do programa.


“Procurado pelo Metrópoles, Leandro não respondeu aos questionamentos. A reportagem do Diário do Centro do Mundo afirma que há uma cláusula que o impede de falar sobre o caso publicamente.”


O advogado Carlos Eduardo Farnesi Regina, que representa a família de Gugu, afirma que desconhece o processo. Porém, questionado sobre o motivo de o nome do comunicador ter sido citado, o defensor pontua que a ação corre em segredo de Justiça e, por isso, não pode comentar o assunto.

Por Heloisa Caixeta e Saulo Araújo – Metrópoles.

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