Durante revista dentro do Complexo Prisional Francisco d’Oliveira Conde (FOC), em Rio Branco, na terça-feira, dia 03 de março de 2020, policiais penais encontraram grande quantidade de comida armazenada dentro das celas. A surpresa foi maior para os policiais, porque os detentos da unidade tinham anunciado, na segunda (dia 02), uma greve de fome após a suspensão das visitas.
Além de garrafas pet com farofa, o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC) informou que foram encontrados outros alimentos como pão, iogurte, bolacha, refrigerante, torrada, doce de leite e suco estocados pelos detentos.
“Entramos nas celas dos pavilhões O e P, que estariam em greve de fome, e encontramos bastante comida estocada, inclusive farofa em garrafas pet que estavam enterradas. Então, a gente acredita que eles estão mais dissimulando. Parte da comida que foi encontrada está comprometida e foi descartada e parte nós fizemos doação”, afirmou o diretor-presidente do Iapen, Lucas Gomes.
Além dos cinco pavilhões que tinham anunciado a greve na segunda, as presas do pavilhão do presídio feminino de Rio Branco, também tinham aderido ao movimento, na terça (03), e não aceitaram o café da manhã.
Ainda segundo o Iapen, detentos de outros dois pavilhões do presídio de segurança máxima Antônio Amaro anunciaram a greve, além de presos da penitenciária de Cruzeiro do Sul.
A comida recusada pelos detentos foi doada para o Educandário Santa Margarida, Lar dos Vicentinos e também para as famílias de venezuelanos indígenas que estão morando em um prédio abandonado em Rio Branco.
Visitas suspensas:
O Iapen-AC decidiu suspender as visitas no sábado (dia 29) e domingo (dia 1º) após encontrar bilhetes com planos de uma fuga em massa, semelhante a que houve no dia 20 de janeiro na mesma unidade prisional, quando 26 presos escaparam da unidade. No total, 14 foram recapturados e 12 seguem foragidos.
Também na segunda, parentes dos detentos fizeram uma manifestação em frente ao Palácio Rio Branco, no Centro da capital acreana, para reivindicar alguns direitos que, segundo eles, foram retirados dos reeducandos.
Mulheres, mães e outros familiares de presos exigiram a volta de alguns direitos e fizeram a manifestação para chamar atenção do governo. O Batalhão de Trânsito esteve nos pontos de protestos para tentar garantir a fluidez do tráfego, que ficou lento.
Fonte: G1 Acre.
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