Um menino de 05 anos morreu, na terça-feira, dia 02 de junho de 2020, após cair do 9º andar de um prédio no bairro de São José, no Centro do Recife. Segundo a Polícia Militar, o caso ocorreu às 13 horas, no Condomínio Píer Maurício de Nassau, um dos imóveis do conjunto conhecido como “Torres Gêmeas”. A mãe dele trabalhava no quinto andar do prédio.
Miguel Otávio Santana da Silva era filho de uma empregada doméstica. O perito criminal André Amaral, que esteve no local para as primeiras investigações, informou que é possível informar a altura da queda.
“Ele caiu de uma altura aproximada de 35 metros”, afirmou o profissional.
Para Amaral, os vestígios apontam para um acidente.
“Fizemos o levantamento do local, constatamos alguns elementos materiais e verificamos que se trata de uma natureza da acidental”, declarou.
A perícia identificou, por meio das imagens de câmeras de segurança, que ele apertou diversos botões do elevador.
“Disseram que ele estava procurando a mãe”, disse o perito.
A PM informou, por meio de nota, que a vítima foi socorrida pela mãe e por um médico, que mora no edifício. A polícia não informou se a mulher trabalha na casa do profissional de saúde.
No momento em que foi socorrida, a criança ainda estava viva, mas morreu logo em seguida. Ela foi levada para o Hospital da Restauração (HR), no bairro do Derby, também na região central da capital pernambucana.
De acordo com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), uma ocorrência foi gerada às 13h23. Uma Unidade de Suporte Avançado e equipes de motolância chegaram ao local as 13h28, mas a criança já tinha sido socorrida.
A Polícia Militar, a Polícia Civil e o Instituto de Criminalística foram acionados para a ocorrência. O delegado Ramón Teixeira, titular da Delegacia Seccional de Santo Amaro, deu início às investigações.
Perícia:
O perito André Amaral informou que foram encontrados vestígios da criança no hall de serviços, precisamente na casa de máquinas, na parte da condensadora do ar-condicionado.
“Havia marcas de sandália de uma pessoa de 1,2 metro de altura, compatível com a altura da criança”, afirmou.
Amaral contou que o menino subiu no parapeito que dá acesso a uma casa de máquina, escalando uma altura de 1,2 metro.
“Ele chegou ao guarda-peito, que é de alumínio. A quarta aleta dessa grade, que tem marca, quebrou”, disse.
Ainda segundo o perito, a criança se projetou, ao fazer uma escalada desse hall.
“Não sabemos como ele chegou ao nono andar”, observou.
O profissional disse, ainda, que ele saiu do quinto e chegou ao nono andar.
“Temos imagem dele até o nono andar. Ele estava sozinho no elevador. Ele desceu até o hall”, informou.
O perito não soube precisar se a criança estava só no apartamento do quinto andar, onde a mãe trabalha.
“Só as investigações vão dizer isso. Só com o delegado”, afirmou.
O perito também afirmou que a porta do nono andar e a janela estavam abertas.
“A área de acesso não tinha proteção. Qualquer pessoa pode ter acesso. Mas não é comum uma criança ter acesso a uma área daquela. É uma área comum”, disse.
Fonte: G1
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