O presidente dos EUA, Donald Trump, sacramentou a promessa que fez ao presidente Jair Bolsonaro em março e designou na última quarta-feira, dia 31 de julho de 2019, o Brasil como um aliado preferencial extra-Otan. O comunicado assinado por Trump foi encaminhado pela Casa Branca ao Departamento de Estado, comandado pelo secretário Mike Pompeo.
A designação cabe a países que não são membros da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), mas considerados aliados estratégicos militares dos EUA. Segundo o documento, o novo status diz respeito ao controle de exportação de armas. Com isso, o país passa a ter acesso à cooperação militar e transferências de tecnologia com os americanos.
A designação agrada a ala militar do governo brasileiro, porque promete expandir a cooperação entre as forças dos países e a possibilidade de comprar equipamentos com isenções dentro da Lei de Exportação de Armas que rege a venda desses produtos sensíveis.
O Brasil terá ainda prioridade para receber de graça ou a preço de custo “artigos de defesa em excesso”, equipamentos que não são mais utilizados pela Defesa americana ou em estoque excessivo. Também será autorizado a participar de algumas licitações do Departamento de Defesa dos EUA, e terá maior facilidade na compra de tecnologia espacial.
Em março, Trump chegou a dizer que poderia trabalhar para o Brasil se tornar um integrante de fato da Otan e não só um aliado preferencial, mas isso dependeria de uma aprovação mais ampla organização.
O Brasil foi o 17º país a receber o status desde 1961 e o segundo nas Américas, depois da Argentina. A aliança tem 29 membros, mas nenhum na América Latina ou situado no Atlântico Sul. Desde o ano passado, a Colômbia goza do status de único sócio global da Otan na América Latina.
Fonte: Bahia Notícias
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