Natural de Salvador e residente em Jacobina, Centro-Norte baiano, a ginecologista e sócia da Clínica Humana, Cilmara Melo, tomou na quarta-feira, dia 22 de julho de 2020, a vacina experimental contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido.
“É meu dever como profissional da saúde contribuir com a ciência e trazer essa segurança à população”, explica a médica Cilmara Melo.
Ela foi selecionada entre os profissionais da área da saúde que se voluntariaram, em todo o país, a participar dos testes das vacinas contra o Coronavirus.
O ato de coragem e altruísmo da médica é fundamental para que os pesquisadores/cientistas entendam como a vacina vai funcionar como imunizadora ao vírus e finalizar a última etapa na produção de uma vacina, que é a comprovação da sua eficácia.
É regra, no mundo científico, que toda vacina tem, obrigatoriamente, de passar por importantes fases até a sua aprovação e produção em escala: fase pré-clínica, estudos em animais e, por fim, em humanos. Só após essas fases é possível atestar se a vacina produz anticorpos, se é realmente eficaz e protege contra o vírus.
Dra. Cilmara recebeu a dose da vacina em um laboratório na capital baiana. Antes, passou por uma série de exames e avaliações do seu estado geral de saúde. Os voluntários serão acompanhados por cientistas brasileiros e supervisão internacional por um ano, período considerado suficiente para coletar resultados que comprovem, ou não, a eficácia do imunizante.
A vacina de Oxford foi produzida com a junção de proteínas do Sars-Cov-2 e o adenovírus inativado. Nesta última fase de testes a ideia é descobrir se a vacina produz uma resposta de memória imunológica nos pacientes testados. Em outras palavras, no organismo da ginecologista Cilmara Melo pode já estar circulando uma das possíveis saídas para a maior pandemia do século. É, sem dúvida, um ato de coragem e de grande contribuição com a Ciência.
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Fonte: Tamara Leal
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