Mais quatro pessoas são investigadas em um novo inquérito da Polícia Civil e do Ministério Público no caso do assassinato do pastor Anderson do Carmo, a mando da esposa e deputada federal Flordelis, segundo a investigação. Ela nega participação no crime.
Como mostrou o RJ2 na segunda-feira, dia 07 de setembro de 2020, até a cozinheira e o motorista estão sendo investigados. Gilcinéa Teixeira do Nascimento, a Néia, é cozinheira da casa de Pendotiba, Região Oceânica de Niterói, e suspeita de ajudar a envenenar Anderson. Já Marcio da Costa Paulo, o Márcio Buba, é motorista da deputada e pode ter dado fim a provas importantes do crime.
O novo inquérito investiga também Gérson Conceição de Oliveira, filho de Flordelis, e Lorraine dos Santos, neta da deputada. Ele é suspeito de ajudar no envenenamento; ela, de ocultar provas. Gérson continua empregado como secretário parlamentar no gabinete da deputada, apesar da parlamentar estar proibida pela Justiça de manter contato com ele e outros investigados. De acordo o Portal de Transparência da Câmara, o salário de Gérson é R$ 15.698,32 por mês.
Este é o terceiro inquérito sobre o caso. Os outros dois resultaram em denúncias já aceitas pela Justiça. Além da deputada, sete filhos e uma neta estão no banco dos réus. Flordelis não foi presa porque tem imunidade parlamentar. O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados analisa o caso.
Filhos biológicos investigados:
- Flávio dos Santos (acusado de disparar);
- Simone dos Santos Rodrigues;
- Adriano dos Santos.
Filhos adotivos investigados:
- Lucas dos Santos;
- Marzi Teixeira da Silva;
- André Luiz de Oliveira;
- Carlos Ubiraci da Silva;
- Rayane dos Santos Oliveira (filha de Simone).
Investigações:
A Polícia Civil e o Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro (MP-RJ) descobriram mensagens de texto em telefones celulares que reforçam a suspeita de que a deputada planejou matar o marido executado com mais de 30 tiros em 16 de junho de 2019 na porta de casa, em Niterói.
A Justiça já aceitou denúncia contra a parlamentar, que se tornou ré no caso. Seis de seus filhos e uma neta estão presos.
Por Bette Luchese e Felipe Freire, RJ2
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