Um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta quinta-feira, dia 12 de novembro de 2020, apontou que, em 2019, a Bahia possuía, em números absolutos, a maior quantidade de pessoas extremamente pobres e a segunda maior de pobres.
Segundo a pesquisa, no ano passado, quatro em cada 10 moradores do estado (40,4% da população) estavam abaixo da linha da pobreza monetária, com renda domiciliar per capita menor que R$ 428. Além disso, pouco mais de 1 em cada 10 (12,5%) estava abaixo da linha de extrema pobreza, com renda domiciliar per capita menor que R$ 148.
De acordo com o IBGE, essas proporções praticamente não se alteraram desde 2016 e davam à Bahia, em 2019, o 2º maior número absoluto de pobres, com 6 milhões de pessoas, e o maior número de extremamente pobres do país, que totalizava 1,853 milhão. Já em termos percentuais, a Bahia (40,4%) ficava na 11ª posição entre os estados, caindo 4 posições no ranking, já que havia sido 7º em 2018. Maranhão (52,2%), Amazonas (47,4%) e Alagoas (47,2%) tinham os maiores percentuais de população abaixo da linha de pobreza em 2019 em termos percentuais.
No outro oposto, Santa Catarina (7,5%), Rio Grande do Sul (11,1%) e Distrito Federal (11,2%) tinham as menores proporções de pessoas na linha de pobreza.
O instituto explica que o Brasil não tem uma linha oficial de pobreza. Considerando o critério definido pelo Banco Mundial para países de renda média, adotado no acompanhamento das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), a linha oficial de pobreza é de US$ 5,50 por dia em paridade de poder de compra.
Entre as capitais, a pesquisa considera Salvador um pouco mais bem posicionada, já que a capital baiana, com a 4ª maior população em geral, tinha, em 2019, o 5º maior número absoluto de pessoas abaixo da linha de pobreza monetária: 611 mil, que representa 21,3% da população. Entretanto, de 2018 para 2019, o número de extremamente pobres teve discreto aumento em Salvador, de 124 mil para 140 mil pessoas (4,9% da população).
Tanto a Bahia quanto Salvador ainda tinham, em 2019, bem mais pobres, em número absolutos e percentuais, do que em 2014, ano em que a pobreza chegou a seu mais baixo patamar tanto no estado (37,5% da população, ou 5,446 milhões e pessoas) quanto na capital (13,6% ou 379 mil pessoas).
No Brasil como um todo, em 2019, 51,7 milhões de pessoas viviam abaixo da linha de pobreza monetária do Banco Mundial, renda domiciliar per capita mensal menor que R$ 436. Isso representava 24,7% da população do país. Também houve uma discreta redução nesse grupo em relação a 2018, quando 25,3% dos brasileiros estavam abaixo da linha de pobreza (52,5 milhões de pessoas), informou o IBGE.
Por G1 Bahia
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