Morreu na manhã deste domingo, dia 20 de dezembro de 2020, a atriz Nicette Bruno, aos 87 anos, vítima da covid-19. Ela estava internada na Casa de Saúde São José, em Humaitá, na zona sul do Rio de Janeiro.
“A Casa de Saúde São José informa que a atriz Nicette Bruno, que estava internada no hospital desde 26 de novembro de 2020, faleceu hoje (domingo), às 11h40min, devido a complicações decorrentes da covid-19. O hospital se solidariza com a família neste momento”, diz o hospital em nota.
Pouco mais de uma hora antes da morte, às 10h13min, a filha de Nicette, a também atriz Beth Goulart, postou em seu perfil no facebook uma mensagem em que pedia orações pela mãe.
“Vinte e um dias hoje sem minha mãezinha, que saudade de você minha parceira de vida, amiga, irmã, colega, meu amor, minha mestra, minha referência. Estamos junto com você, minha mãe, mandando nossa energia, nossa fé e esperança que logo logo estaremos juntas de novo. Não brinque com sua saúde, proteja quem você ama, tenha mais empatia e amor ao próximo. Ás 18h. Oração para Nicette e para todos os doentes da covid, fortalecimento para os familiares e para as equipes de saúde. Gratidão a todos vocês.”
Trajetória:
Nascida Nicete Xavier Miessa, no dia 7 de janeiro de 1933, em Niterói (RJ), a atriz fez sua estreia profissional em 1945, na peça teatral Romeu e Julieta, baseada na obra literária homônima de William Shakespeare.
Filha única da atriz Eleonor Bruno e de Sinésio Campos Xavier, Nicette Bruno casou no dia 26 de fevereiro de 1954, na Igreja Santa Cecília, em São Paulo, com o ator Paulo Goulart, que conheceu dois anos antes, durante a peça Senhorita Minha Mãe, de Louis Verneuil, e com quem teve três filhos, os também atores Beth Goulart, Bárbara Bruno e Paulo Goulart Filho.
Aos 4 anos de idade, a pequena Nicete Xavier Miessa já declamava e cantava no programa infantil de Alberto Manes, na Rádio Guanabara. Aos 5 anos, começou a estudar piano no Conservatório Nacional e, aos 6 anos, ingressou no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Entrou para o grupo de teatro da Associação Cristã de Moços aos 11 anos, passando depois pelo Teatro Universitário, de Jerusa Camões e pelo Teatro do Estudante, dirigido por Pascoal Carlos Magno e Maria Jacintha. Aos 14 anos de idade, já era atriz profissional, contratada pela Companhia Dulcina-Odilon, da atriz Dulcina de Morais. Ficou viúva em 2014, quando o marido morreu de câncer.
Entre os seus trabalhos na televisão destacam-se as novelas:
Rosa dos Ventos (1973); Éramos Seis (1977); Selva de Pedra (1986); Bebê a Bordo (1988); Rainha da Sucata (1990); Mulheres de Areia (1993); A Próxima Vítima (1995); Alma Gêmea (2005); Sete Pecados (2007); A Vida da Gente (2011); Salve Jorge (2012); Joia Rara (2013); I Love Paraisópolis (2015); Pega Pega (2017), além da série infantil Sítio do Picapau Amarelo (2001/04).
Nicette é considerada uma das pioneiras da televisão brasileira e uma das referências na história da teledramaturgia nacional.
Por Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro
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