Após 10 horas de julgamento, o Tribunal do Júri de Planaltina condenou Marinésio Olinto dos Santos a 37 anos de prisão, em regime fechado. O acusado responderá pelo assassinato de Letícia Sousa Curado de Melo, sem chance de recurso em liberdade. A vítima era funcionária terceirizada do Ministério da Educação. O marido da vítima, Kaio Fonseca, confirmou a condenação ao Metrópoles. A imprensa não pôde acompanhar o julgamento presencialmente devido às medidas sanitárias de proteção contra a Covid-19.
Em setembro de 2019, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou Marinésio pelo homicídio quintuplamente qualificado de Letícia.
Os jurados aceitaram todas as qualificadoras apontadas pelo MPDFT: feminicídio; motivo torpe; meio cruel; dissimulação e crime praticado para assegurar impunidade de outro crime. Ele também foi condenado por tentativa de estupro, furto e ocultação de cadáver. Para o promotor de Justiça Nathan da Silva Neto, a condenação de Marinésio mostra que a comunidade de Planaltina não está disposta a tolerar a violência contra a mulher.
“Esperamos que crimes dessa natureza não voltem a se repetir, em Planaltina ou em qualquer outro lugar”, afirmou.
A expectativa era de que a condenação dele ultrapassasse 40 anos de reclusão. No entanto, o júri entendeu por 37 anos de condenação. O advogado de defesa de Marinésio, Marcos Venício, afirmou que vai recorrer da sentença.
“O argumento básico do recurso é em função de que os jurados foram contrários às provas dos autos. Existem elementos nos autos que dizem, por exemplo, que não houve estupro. Mesmo assim, ele foi condenado por esse crime. Mesmo diante de uma prova dessa, julgaram contrários às provas dos autos”, disse o defensor.
⇒Outras denúncias:
Marinésio também foi denunciado pelo homicídio de Genir Pereira de Sousa, em Planaltina, e por uma tentativa de estupro, em Sobradinho. Ele tem condenação por um estupro e, atualmente, está preso preventivamente pelo assassinato de Letícia.
⇒Entenda o caso:
Em 23 de agosto de 2019, por volta das 08 horas, entre o Vale do Amanhecer e a DF-230, o réu abordou Letícia em uma parada de ônibus e ofereceu carona. Quando ela estava dentro do carro, Marinésio tentou forçá-la a ter relações sexuais. Letícia recusou-se e reagiu. Marinésio, então, esganou a vítima, que morreu asfixiada.
Ele escondeu o cadáver dentro de uma manilha à margem da rodovia e furtou pertences da vítima: um relógio, um pen-drive, uma nécessaire e um aparelho celular. Os objetos foram apreendidos dentro do veículo quando ele foi preso em flagrante.
⇒Fotos do réu:
Por Manoela Alcântara, Milena Carvalho – Metrópoles.
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