O vice-presidente Hamilton Mourão e sua comitiva gastaram dos cofres públicos ao menos R$ 1,15 milhão durante viagem oficial ao Cairo, a Dubai e Atenas. Do total, R$ 791,8 mil são referentes às diárias e passagens de servidores da própria vice-presidência, e R$ 358,9 mil correspondem às despesas do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), responsável pela segurança do vice-presidente, por meio da Secretaria de Segurança Presidencial (SPR).
A viagem, que durou de 26 de setembro até o dia 7 de outubro de 2021, passou por três continentes diferentes, África, Ásia e Europa. O roteiro incluiu o Egito, os Emirados Árabes, onde discursou na ExpoDubai, maior exposição de tecnologia e inovações do mundo, e a Grécia.
Os dados foram apurados pelo Metrópoles no Painel de Viagens, do Ministério da Economia. Integrantes do Itamaraty também registraram despesas para três cidades no mesmo período, mas os gastos do órgão não serão analisados neste levantamento.
Do valor de R$ 1,15 milhão gasto no itinerário, R$ 539,5 mil foram com diárias, e R$ 586,9 mil, passagens. No total, a União pagou 302 diárias a 33 servidores da Vice-Presidência. Trinta e nove funcionários do GSI viajaram para essas localidades no período.
⇒Egito:
Durante a passagem pelo Egito, Mourão esteve com o presidente Abdul Fatah Khalil Al-Sisi e com o ministro da Defesa Mohamed Ahmed Zaki. A imprensa local repercutiu os passeios que o vice-presidente e a esposa, Paula Mourão, fizeram pelos principais pontos turísticos do Cairo.
A imprensa local deu destaque para o passeio que o general fez às pirâmides de Gizé, sítio arqueológico localizado no planalto de Gizé, nos arredores do Cairo. O Elwatan News noticiou que Mourão e Paula ficaram fascinados com a construção e com o tour guiado.
⇒Ditador:
O general Al-Sisi deu um golpe de Estado em Mohamed Morsi, quando era ministro da Defesa, em 2014. No ano seguinte, Morsi foi condenado a 20 anos de prisão, mas morreu quatro anos depois, durante uma audiência. Al-Sisi é famoso por governar o país com forte controle das Forças Armadas e perseguir, torturar e executar opositores.
⇒Angola:
O gasto de dinheiro público na viagem que Hamilton Mourão fez a Angola, em julho, para interceder pela Igreja Universal no país, é ainda maior do que o inicialmente divulgado.
A princípio, calculava-se um gasto em torno de R$ 340 mil entre passagens, diárias e seguro viagem a todos os integrantes da comitiva. Esse valor, no entanto, é na verdade, no mínimo, de R$ 380 mil. É que mostram informações da vice-presidência da República obtidas via Lei de Acesso à Informação (LAI), na quinta-feira (05/11), após solicitação do deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP).
Fonte: Jornal da Chapada com informações do Metrópoles.
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