Parte do piso de uma sala, que fica no subsolo do Hospital Universitário Professor Edgard Santos (Hupes), da Universidade Federal da Bahia (UFBA) cedeu na sexta-feira, dia 14 de janeiro de 2022. O local passa por reformas e ninguém ficou ferido.
Segundo denúncia recebida pelo g1, pacientes eram atendidos no local até uma semana antes do desabamento. Os atendimentos foram transferidos para outra parte do prédio depois da reclamação da equipe, que afirmava que o barulho de uma obra, que começou em novembro do ano passado, prejudicava os pacientes.
Em nota, o Hupes informou que os consultórios localizados no primeiro piso do hospital já tinham sido isolados desde 6 de janeiro, sendo transferidos para outras unidades no segundo e terceiro andar do prédio. O Hurpes informou que realiza a perícia no local e a área se encontra totalmente isolada, desde a quarta-feira (12) sem qualquer trânsito de funcionários, pacientes ou visitantes e sem prejuízo das atividades assistenciais.
⇒Tensão após queda:
De acordo com a denúncia, alguns funcionários do Hurpes têm apresentado tensão com a situação do prédio que prestam atendimento.
“Desde o final de novembro, não sei precisar quando começou essa obra, que ficava no setor de nutrição do Hupes. Só que a obra passou a afetar a ala onde ficavam os pacientes com quimioterapia e ficava uma sala de procedimentos”, contou uma testemunha.
Segundo denunciantes, a obra causava barulho e uma espécie de “vibração” no ambiente.
“Ninguém conseguia ouvir nada, procuramos o setor de saúde ocupacional e de saúde do trabalhador, mas a resposta era sempre que o permitido de barulho era 80 decibéis. E ninguém nunca foi lá sequer verificar esse barulho.”
O local chegou a receber 50 pacientes que eram atendidas no local e faziam sessões de quimioterapia.
“Até que na semana do dia 6, veio um barulho muito forte, aí abriram umas colunas. Fizemos muita reclamação e conseguimos ser transferidos parcialmente em duas alas de enfermaria”, relatou.
A denúncia afirma que apesar da mudança de local, a recepção do Hurpes continuou no local onde aconteceu o desabamento, assim como a triagem de enfermagem. Também foi revelado que a sala onde o piso cedeu era usada para atender pacientes no turno da manhã. A informação foi negada pelo Hurpes.
“E esse era um local que não tinha nem peso. Existem salas com aparelhos de toneladas como a radiologia. O que garante que isso não corre risco?”, questionou um denunciante.
“O que garante que não tem mais situações desse tipo? Do lado de fora, pela escola de Enfermagem, é possível ver uma rachadura enorme no prédio”, concluiu.
Por g1 Bahia
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