Os crimes cometidos por Wanderson Mota Protácio, de 21 anos, apontado como responsável pelo assassinato da namorada grávida de 4 meses, da enteada (de apenas 2 anos e 9 meses) e de um fazendeiro, de 73 anos, em Corumbá de Goiás, no domingo, dia 28 de novembro de 2021, podem chegar a uma pena de 217 anos de prisão. Além da acusação de triplo homicídio, o suspeito acumula uma lista de crimes em Maranhão, Minas Gerais e Goianápolis. As execuções de todas as penas serão transferidas para Corumbá, para que sejam julgadas junto com os recentes crimes cometidos.
De acordo com o delegado Tibério Martins Cardoso, apenas na região de Corumbá, Wanderson foi indiciado pelos crimes de feminicídio, aborto, furto qualificado, porte de arma, homicídio qualificado e latrocínio. Somente na cidade, a soma dos crimes cometidos pode chegar a 112 anos. Mas, segundo Tibério, as penas podem ser aumentadas em até 45 anos.
“Existem agravantes, como o fato dele matar a namorada na frente do filho, por exemplo. Mas isso fica a critério do juiz que irá julgar o caso. Se alcançar o limite máximo, a condenação dos crimes de Corumbá pode chegar a 157 anos”, explica.
⇒Assassinato no Maranhão:
Wanderson confessou ainda ter matado um homem no Maranhão, aos 13 anos. À época, namorava uma adolescente e, em determinada ocasião, a menor teria sido agredida pelo tio. Incomodado, o caseiro chamou a atenção do familiar e pediu para que ele parasse de bater na garota. O tio da adolescente pediu para Wanderson ficar quieto, caso contrário o mataria. Wanderson, então, pegou uma faca e assassinou o rapaz.
Neste caso, Wanderson responderia pelo crime de homicídio qualificado, mas, segundo o delegado Tibério, por ser menor de idade, o homem não irá responder pelo crime.
“Ele teria até os 21 anos para responder, mas como já alcançou essa idade, vai passar impune”, explica. O crime teria acontecido em 2013.
⇒Tentativa de feminicídio:
Em dezembro de 2019, Wanderson foi preso pelo crime de tentativa de feminicídio contra uma mulher, cunhada do pai dele. Como consta nos autos do processo, a vítima recebeu diversos golpes de faca nas costas. A discussão começou após Wanderson chegar em casa alcoolizado e sob efeito de drogas.
Na casa, ele ameaçou a mulher, ordenando que ela entrasse em um quarto com ele. Após a negativa, o homem desferiu os golpes de faca e a arma branca utilizada acabou quebrando. Wanderson fugiu pulando os muros e ficou preso na Unidade Prisional de Goianápolis, mas ganhou a liberdade em março de 2020. Pelo crime, Wanderson responde por tentativa de feminicídio, e pode ser condenado de 12 a 30 anos de prisão.
⇒Latrocínio em Minas Gerais:
Por fim, Wanderson irá responder ainda pela morte de um taxista em São Gotardo (MG), a quase 550 km de distância de Brasília. A vítima era Maurício Lopes Mariano, que tinha 25 anos. Wanderson teve ajuda de dois menores de idade e um adulto. Segundo o boletim de ocorrência obtido pelo Correio, o agressor pegou a corrida junto com outras três pessoas e desviou o trajeto no caminho. Ao entrarem no carro, cortaram o cinto de trás e usaram para arrastar o taxista até uma árvore.
O documento comunica que a intenção dos homens era roubar o carro e deixar o taxista no local, mas Wanderson decidiu voltar até o condutor e efetuar 18 golpes de faca. O esfaqueamento atingiu as costas seis vezes do lado esquerdo e cinco do lado direito, “provavelmente por instrumento pérfuro”, conforme consta no boletim de ocorrência. Pelo crime, Wanderson deve responder por latrocínio e pode pegar de 20 a 30 anos.
⇒Veja a lista completa de crimes e penas:
- ⇒Maranhão:
Homicídio qualificado: era menor de idade e poderia responder pelo crime até os 21 anos. Vale lembrar que o homem já passou desta idade.
- ⇒Goianápolis:
Tentativa de feminicídio: de 12 a 30 anos
- ⇒Minas Gerais:
Latrocínio: de 20 a 30 anos
- ⇒Corumbá:
Feminicídio: até 30 anos
Aborto: até 10 anos
Furto qualificado: até 8 anos
Porte de arma: até 4 anos
Homicídio qualificado: até 30 anos
Latrocínio: até 30 anos
As penas podem ser aumentadas e a condenação pode chegar a 157 anos.
⇒Assista:
Por Ana Maria Pol – Correio Braziliense
Redes sociais – Report News (clique nas imagens):
Seja o primeiro a comentar