Cruzeirense é multado por manter filhotes de raposa em cativeiro para dar sorte ao time.

Já que em campo está difícil, o jeito é apelar para a sorte. Foi o que fez o lavrador Maurício de Freitas Francisco, de 30 anos, do município de Mamonas, no Norte de Minas Gerais, conforme informação de um policial militar.

Ele foi flagrado pela Polícia Militar de Meio Ambiente com três filhotes de raposa. O lavrador revelou para os policiais que é torcedor fanático do Cruzeiro e criava os filhotes por acreditar que isso daria sorte para que a equipe celeste consiga livrar-se do rebaixamento no Campeonato Brasileiro. 

A raposa é a mascote do Cruzeiro, que vive uma situação difícil na série A do Brasileirão, com grande risco de cair para a série B. Para escapar do rebaixamento, o time celeste (17º colocado) precisa vencer os seus dois últimos jogos e ainda torcer para que o Ceará (16ª posição) não vença as suas duas partidas na competição. 

A ocorrência foi registrada na tarde da terça-feira, dia 03 de dezembro de 2019. De acordo com a PM, o torcedor mantinha os animais em um galinheiro no sítio da família na localidade rural de Pau Preto, a 02 quilômetros da sede urbana de Mamonas. O galinheiro não tinha galinhas ou algum galo, mascote do Atlético, rival do Cruzeiro. 

Maurício de Freitas recebeu multa no valor total de R$ 4.877,10 (R$ 1.625,70 por cada filhote). Ele não ficou preso e foi  intimado a comparecer na delegacia de policia civil de Espinosa (30 quilômetros de Mamonas), nesta quarta-feira, dia 04, sendo que deverá responder o processo em liberdade.  

Os filhotes de raposa fora encaminhados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) em Montes Claros , na mesma região.  Dentro de algum tempo, os animais  serão levados de volta à natureza. 

O caso virou o principal assunto das rodas de conversas em Mamonas, que tem 6, 5 mil habitantes, distante 687 quilômetros de Belo Horizonte, gerando discussão entre outros cruzeirenses.  É o caso da engenheira civil Débora Ellen Alves. Ela disse que não concorda com a atitude do lavrador de infringir as leis ambientais, mas que a atitude dele demonstra a forte paixão da torcida cruzeirense.


“Realmente, a nossa torcida faz tudo para ajudar o nosso time, seja na vitória ou na derrota”, afirma Débora. Ela disse que está confiante de que o Cruzeiro vai escapar do rebaixamento.


Outra moradora de Mamonas igualmente torcedora do Cruzeiro e secretária escolar declarou que  não aprovou o ato do seu conterrâneo de manter animais silvestres em cativeiro, desrespeitando as leis ambientais e que também não acredita que o ato de criar filhotes de raposa pode dar sorte ao time. Porém, ressaltou a paixão do torcedor e a esperança dele de que o Cruzeiro possa permanecer na série A do Brasileirão.


“Nós, cruzeirenses, acreditamos até a última hora”, afirmou a moradora de Mamonas.


Por Notícia Livre.

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