O protesto de movimentos sociais nesta sexta-feira, dia 30 de abril de 2021, em frente ao Atakarejo do Nordeste de Amaralina, contra a morte dos jovens Bruno Barros da Silva, e seu sobrinho Ian Barros da Silva, contou com a presença de lideranças negras e moradores da região. Cristiano Lima, um dos organizadores do protesto destacou que a morte de negros “não é um fato pontual”.
“O clima foi muito bom, para além das lideranças negras que estiveram presentes, os moradores e trabalhadores deram uma grande atenção ao ato, pudemos ver o rosto de cada pessoa que passava e dá positivo para o ato. Essa ação do supermercado não é pontual, essa violência sempre aconteceu com o povo preto, para além da ação de roubar comida que os dois jovens tiveram, o que acompanhamos diariamente é um racismo institucional dos supermercados que sempre ensinam os seguranças a seguir os teus iguais, quantos jovens já sofreram com isso, eu já fui vítima muitas vezes de ser seguido também em lojas”, comentou ao BN.
Segundo Lima, essa ação não é isolada.
“O que aconteceu com nego Beto no Carrefour no Rio Grande do Sul, acontece todos os dias nas lojas, shopping e supermercado, o que exigiu mínimo para esse supermercado é que cuide das famílias, que cuide do bairro, esse supermercado que tem acesso ao tráfico e também a polícia, nunca fez uma doação às famílias pobres do bairro”, disse.
Os movimentos pontuaram que irão exigir do Ministério Público alguma ação.
“Não quero mais intervenção da polícia, esse ato só faz com que se mate mais crianças e jovens negros da comunidade, queremos políticas sociais, políticas de emprego e saúde”, finalizou.
Fonte: Bahia Notícias.
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