O número de casos de AIDS, doença provocada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), diminuiu em 60% entre os anos de 2017 e 2018, segundo dados da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab).
Em 2017 foram registrados 1.817 casos em todo o estado. No ano seguinte, em 2018, o total foi de 736, número menor do que a metade do total de registrado no ano anterior.
Em 2017, só em Salvador, houve o registro de 732 pessoas com a doença. Feira de Santana, que fica a cerca de 100 km da capital baiana, ocupou a segunda posição, com 144 casos.
Juazeiro, na região norte do estado, teve 50 pessoas infectadas no mesmo período. Já Lauro de Freitas e Camaçari, ambas na região metropolitana de Salvador, foram, respectivamente, 46 e 41 casos.
Na época, os números foram divulgados também pela Sesab e mostrava que Salvador, Feira de Santana, e Juazeiro eram os municípios com o mais casos da doença.
Em 2018, Salvador continuou na liderança da lista, com 313 casos. A segunda cidade com maior número de pessoas infectadas no ano passado foi Feira de Santana, com 54.
Já em Itabuna, em todo ano de 2018, 17 pessoas descobriram que estavam contaminadas pelo vírus. Lauro de Freitas e Juazeiro vieram em seguida, com 14 e 13 casos, respectivamente.
Ainda não existe um balanço consolidado com dados de 2019. Apesar disso, segundo a Sesab, até maio, 834 novos casos de HIV foram registrados no estado. A maior parte das ocorrências é de Salvador. A cidade tinha, na época, 404.
AIDS:
A AIDS é uma doença causada pelo vírus HIV que afeta o sistema de defesa do corpo humano. O vírus ataca e mata os glóbulos brancos (células do sangue que combatem as doenças). Conforme eles contra-atacam, tentando combater o HIV, há um sobrecarregamento do sistema imunológico. As células de defesa acabam morrendo por inflamação crônica e o sistema fica vulnerável a qualquer outra doença que acomete a pessoa infectada.
Onde buscar tratamento:
Em Salvador, o Centro Estadual Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa (CEDAP), localizado no bairro do Garcia, presta assistência a pessoas vivendo com HIV/AIDS, infecções sexualmente transmissíveis e realiza assistência multidisciplinar à população transgênero.
O atendimento é realizado a partir do encaminhamento dos pacientes por outras unidades de saúde ou também por demanda espontânea, após triagem.
No local, os pacientes são avaliados por equipe multidisciplinar composta por enfermeiros e assistentes sociais, que acolhem, escutam e orientam quanto à prevenção de doenças, realizam abordagem sindrômica, quando indicado, e encaminham para atendimento médico imediato, quando necessário. Após esta avaliação os pacientes que têm o perfil para o acompanhamento em Centro de referência são encaminhados para os ambulatórios da unidade de acordo com a sua necessidade.
Também na capital, as pessoas podem fazer testes rápidos de HIV nas 120 unidades básicas de saúde (UBS). O procedimento é semelhante ao teste de glicemia, obtido através de uma gota de sangue após uma picada no dedo. Confira aqui a lista de unidades básicas de saúde de Salvador.
Fonte: G1 Bahia.
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