Cinco jovens baianos do 3° ano do Colégio Estadual Thales de Azevedo, em Salvador, estão no páreo para representar o Brasil na universidade de Harvard (EUA) durante o Brazil Conference 2020. Motivados pelo tema “Como impulsionar e dar visibilidade à cultura em comunidades que estão fora dos centros?”, os estudantes Edson Lima, Carine Rebeca, Lucas Ramos e Luana Cerqueira desenvolveram um Acelerador de ONGs através de plataforma digital.
Eles foram os vencedores do Tack Festival Bahia, que aconteceu em Salvador e, agora, estão competindo com equipes de outros estados do País. O acelerador de ONGs é uma plataforma digital para conectar ONGs a seus possíveis financiadores ou doadores. Na segunda-feira, dia 11 novembro de 2019, os estudantes participaram de uma eletiva regional pela internet. Nesta terça, dia 12, às 17 horas, o grupo participa de uma etapa nacional online. Caso se consagrem vencedores na nacional, durante última fase do desafio que ocorre no final do mês, receberão R$ 100 mil para desenvolverem o projeto. Além de irem para Harvard, conhecerão o Massachusetts Institute Of Technology (MIT).
A iniciativa é promovida pela instituição Junior Achievement, desenvolvida sobre o modelo do programa Innovation Camp, no qual estudantes são desafiados a encontrarem soluções inovadoras e tecnológicas.
“O acelerador de ONGs é uma plataforma digital que impulsiona algumas ONGs que fazem trabalhos no sertão e em áreas parecidas, para elas terem visibilidade para os investidores que querem investir em algumas ações, a exemplo de esporte, cultura ou artesanato. Sempre tive espírito empreendedor, a gente deve dar mais incentivo a essa prática, pois os jovens muitas das vezes querem conhecer e não têm acesso e, com isso, mostramos que podemos ir além com ideias”, disse Edson Lima, 17 anos.
Como funciona:
O Acelerador de ONGs, tem por objetivo aproximar o indivíduo colaborador de alguma entidade. Com o aplicativo, o cidadão poderá acessar a plataforma digital das ONGs, encontrar a entidade com a qual tem afinidade como música, esporte, saúde, educação…, avaliar a proposta da ONG e fazer contato com os idealizadores do aplicativo para prosseguir com a colaboração.
Na quinta-feira, dia 07, os cinco jovens participaram da etapa estadual e concorreram com quase 50 estudantes. Ganhando ou não, todos os participantes do Desafio Tack ganharão um curso online de autoconhecimento. Os candidatos finalistas também ganham curso de auto-liderança.
“Está sendo uma experiência bem inusitada, jamais iria imaginar que montaria o projeto de uma ONG. Minha família ficou muito contente, é um sonho sair do Brasil e ir para outro lugar. Meu maior sonho é estudar fora, meus pais me incentivam, mas não temos condições financeiras. Esse projeto é uma chance única na vida e uma oportunidade que pode mudar o futuro”, salientou Luana Cerqueira, 17 anos.
Por Tainá Cristina – A Tarde.
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