Uma investigação realizada pela Polícia Civil, em integração com a Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC), resultou na prisão de Wellington Ribeiro da Silva, de 52 anos, suspeito de abusar sexualmente de 47 mulheres, em Goiás.
Ele é considerado o maior estuprador em série do Estado e um dos maiores do Brasil. O homem foi apresentado na quinta-feira, dia 19 de setembro de 2019, na Secretaria de Segurança Pública (SSP).
De acordo com as investigações, os crimes foram cometidos desde 2008. Armado, ele anunciava um assalto, obrigava as vítimas a subirem em uma moto, as levava a um local isolado e as violentava.
“Não há nenhum caso parecido com esse em Goiás. Apesar da aparência abatida, ele é um dos maiores estupradores em série do País”, afirmou a delegada Ana Paula Machado, que integra a força-tarefa.
Testes de DNA já atribuíram a Wellington a autoria de 22 casos. Eles aconteceram em Aparecida de Goiânia, Abadia de Goiás, Bela Vista de Goiás e Hidrolândia. Para impedir a identificação, ele utilizava um capacete durante os estupros.
Em 2011, ele chegou a ser preso em flagrante por ter estuprado uma mulher no Jardim Ipanema, em Goiânia. A filha dela, de apenas cinco meses, também foi vítima de abuso. Na época, ele apresentou um nome falso e foi transferido para o Mato Grosso por já ter cometido outros crimes: uma chacina vitimando três pessoas de uma mesma família e vários roubos.
“Aos 22 anos, ele chefiava uma associação criminosa. Em um dos casos, ele matou a ex-mulher e dois filhos dela. Chegamos à conclusão de que ele despreza as mulheres como um todo. As vítimas de estupro eram filmadas para que não denunciassem”, ressaltou o delegado Carlos Leveger.
Ele fugiu da penitenciária em novembro de 2013.
Foram mais de 40 dias de operação. A ação foi batizada de Impius, que significa perverso em latim. Cerca de 50 integrantes das forças policiais atuaram de forma integrada.
“Encontramos o mesmo perfil genético de uma mesma pessoa em vítimas diferentes de estupros. Há quatro anos, coletamos vestígios de uma vítima e inserimos no banco genético. Dois anos depois, vestígios encontrados em outra mulher vítima de estupro coincidiram com a amostra anterior. Outras vítimas compatíveis apareceram”, destacou o superintendente de Polícia Técnico-Científica, Marcos Egberto Brasil de Melo.
O secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda, voltou a defender a integração entre as forças policiais.
“Essa operação demonstra, mais uma vez, que o trabalho conjunto é o melhor caminho para coibir a criminalidade. Portanto, em Goiás, as polícias vão continuar atuando juntas para retirar criminosos das ruas e evitar que novas ocorrências sejam cometidas”, afirmou.
O titular da SSP também defendeu o endurecimento da legislação.
“É preciso garantir que esse tipo de criminoso seja, de fato, punido. Se ele voltar para as ruas, certamente vai cometer outros crimes. Vamos acompanhar o cumprimento da pena que lhe for aplicada para que ele não saia do presídio”, assegurou.
Somadas as penalidades de todos os crimes, a pena pode chegar a 600 anos de prisão.
Fotos:
Comunicação Setorial.
Secretaria de Segurança Pública.
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