Inflação da Região Metropolitana de Salvador é a menor entre os meses de janeiro desde o início do Plano Real

A Região Metropolitana de Salvador (RMS) registrou inflação de 0,26% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), durante o mês de janeiro, segundo dados divulgados nesta terça-feira, dia 09 de fevereiro de 2021, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado foi o menor para um mês de janeiro na RMS desde o início do Plano Real, em 1994.

Segundo os dados, o índice da RMS ficou bem próximo ao nacional (0,25%) e foi o 10° entre as 16 áreas investigadas separadamente pelo IBGE. As taxas mais altas se apresentaram em Campo Grande/MS (0,53%) e na Região Metropolitana de Recife/PE (0,50%).

Nos 12 meses encerrados em janeiro, a inflação na Região Metropolitana de Salvador acumulou uma alta de 4,23%. De acordo com o IBGE, o número está abaixo dos 4,31% registrados nos 12 meses encerrados em dezembro e também menor que o índice acumulado no país como um todo (4,56%).

Altas nos alimentos e nos transportes:

Dentre os nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA, seis apresentaram altas em janeiro, na Região Metropolitana de Salvador. Conforme o IBGE, o grupo de alimentos e bebidas (1,08%) apresentou a maior alta e foi o que mais colaborou para puxar a inflação para cima na RMS, com a alimentação no domicílio (0,85%) sendo o principal fator para esse aumento. A alimentação fora do domicílio (1,69%), apesar de apresentar alta maior, teve um peso menor para o resultado do grupo.

Dentre os alimentos, o lanche fora de casa (4,57%) e a cebola (29,51%) foram os que apresentaram o maior peso inflacionário, com o último também sendo o item que teve o maior aumento no mês.

O grupo transportes (0,52%) teve o terceiro maior aumento percentual na RMS, mas foi o segundo mais relevante para puxar o IPCA para cima na região. O IBGE explicou que o motivo foi o aumento nos combustíveis (4,10%), em especial a gasolina (4,26%), que foi o item que mais colaborou para a alta da inflação no mês, na Região Metropolitana de Salvador.

Por outro lado, neste mesmo grupo, o transporte público (-5,10%) teve queda e a passagem aérea (-25,52%) foi o item com maior deflação em janeiro. O grupo que apresentou o segundo maior aumento percentual no IPCA do mês, na RMS, foi o de despesas pessoais (0,61%), impulsionado pela alta na hospedagem (4,63%). Por outro lado, três grupos de produtos e serviços apresentaram queda média nos preços em janeiro, na RMS.

O grupo habitação (-1,40%) teve a maior redução, sendo também o principal freio inflacionário. Isso se deu muito por conta da redução da energia elétrica residencial (-6,12%), item que mais colaborou para segurar o IPCA. Já o grupo comunicação (-0,28%) foi o segundo principal freio inflacionário no mês por causa da redução do valor do aparelho telefônico (-1,33%).

INPC em baixa:

Na Região Metropolitana de Salvador, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação das famílias com menores rendimentos, ficou em 0,30% em janeiro, bem abaixo do 0,96% registrado em dezembro e quase idêntico ao índice de janeiro de 2020 (0,31%). Entretanto, o INPC de janeiro na RM Salvador (0,31%) ficou acima da média nacional (0,27%), sendo o 9º mais alto entre as 16 áreas pesquisadas.

No acumulado nos 12 meses terminados em janeiro, o INPC ficou em 4,97% na RMS, abaixo da média nacional (5,53%) e levemente inferior ao encerramento do ano de 2020 (4,99% no acumulado até dezembro).

O lanche fora de casa (4,57%) e a cebola (29,51%) foram os que apresentaram o maior peso inflacionário — Foto: Daniel Silveira / G1

Fonte: G1 Bahia

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