O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, disse que não tentou interferir junto às autoridades paraguaias em favor do ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho, que está preso em Assunção após ter tentado entrar no país usando documentos falsos. Moro admitiu que entrou em contato com o ministro do interior do país, Euclides Acevedo, mas que não fez nenhum pedido para beneficiar o ex-jogador. As declarações foram feitas em entrevista ao programa Central GloboNews.
“Houve um equívoco de comunicação. Recebi informação de que o jogador estaria preso e, veja, é um cidadão brasileiro, um ídolo nacional. Eu apenas fiz uma ligação para colher informações sobre o que tinha acontecido. Em nenhum momento houve qualquer interferência à soberania paraguaia” afirmou o Moro.
Ronaldinho e seu irmão, Roberto de Assis, foram presos no Paraguai no dia 6 de março de 2020. A polícia do país atestou que a dupla usava passaportes e carteiras de identidade paraguaias que, posteriormente, foram consideradas falsas. A dupla teve a prisão decretada pela justiça paraguaia.
Nos últimos dias, Acevedo revelou ter sido procurado por Moro e disse que o ministro perguntou se a dupla poderia ser posta em liberdade. O ministro paraguaio disse ainda que Moro parecia não ter gostado da prisão do ex-craque do Barcelona e da seleção brasileira.
Ainda sobre o assunto, Moro reiterou que não fez nenhum pedido a Acevedo.
“Foi conversado com o ministro do interior do Paraguai, mas nesse nível de saber o que estava acontecendo. Até porque o ministro do interior do Paraguai não tem interferência no sistema de justiça. Veja, eu não faria um pedido desses no Brasil. Por que faria no Paraguai?” – afirmou Sergio Moro.
Na segunda-feira, a justiça paraguaia negou o pedido de revogação da prisão preventiva e troca pela prisão domiciliar feito pela defesa do ex-jogador.
Fonte: O Globo
Seja o primeiro a comentar