Nasci branco, mas sou negro
Maltratado, atrevido
Fiz da fome e desespero
A coragem de um destemido
Fui rebelde, fui fujãoFeito um cão segui o faro
Sem jamais me arrepender
Nem ter medo dos disparos.
Se agora em pele brancaSei da dor que já passei
Grito bravo o mesmo grito
Pois meu sangue derramei
Mas a dor não passa nuncaTa na alma, indelével
Pois ainda ouço gritos
Nestes tempos tão quiméricos
É um grito sufocadoNos quilombos, periferias
Nada muda do passado
E se agigante em vilanias
Mas há de haver um diaEm que todos serão iguais
Sem a dor que nos separa
Nas manchetes dos jornais.
Por Agamenon Almeida. (Agamenon é piritibano, bancário aposentado, poeta e escritor).
Redes sociais – Report News (clique nas imagens):
Obrigado pela deferência em publicar meu poema. Abraços a todos do Report News Bahia.
É um prazer para todos nós do blog Report News Bahia amigo, além de ser um lindo poema, enriquece o conteúdo do portal!