Banhistas, pescadores e moradores de regiões litorâneas do Nordeste têm sido surpreendidos desde o início de setembro por manchas de óleo que sujam a água do mar, a areia das praias e afetam a fauna marinha. O óleo atingiu o litoral de oito estados nordestinos, até agora, só não há registros na Bahia. Ao todo, foram atingidas 46 cidades e, nelas, pelo menos 99 praias.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (IBAMA), foram encontrados pelo menos 09 animais atingidos pelo óleo nas localidades (oito tartarugas marinhas e uma ave conhecida como bobo-pequeno). Desses animais, pelo menos 7 morreram devido à ingestão do produto.
As primeiras manchas de óleo foram vistas em cidades de Pernambuco no dia 2 de setembro. Desde então, a lista de locais atingidos aumenta todos os dias.
Órgãos ambientais federais e dos estados atingidos têm buscado a origem da poluição há quase um mês, sem sucesso. Até o início da semana, as análises preliminares indicavam que o óleo era um derivado de petróleo. Na última quarta-feira, dia 25 de setembro de 2019, porém, o IBAMA informou que os últimos testes feitos pela Marinha e pela Petrobras indicaram que o óleo é petróleo cru.
Além de ser petróleo não processado, o óleo é de um tipo que não é produzido no Brasil, ainda segundo o IBAMA. O órgão informou que está colocando em prática ações, junto ao Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, Marinha e Petrobras, “com o objetivo de investigar as causas e responsabilidades do despejo, no meio ambiente, do petróleo cru”.
Por Rafhael Veleda – Metrópoles.
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