Operação segue afetada nas linhas 11, 12 e 13 da CPTM

O descarrilamento de um trem de carga próximo à estação Tatuapé, da CPTM, afeta a operação do transporte sobre trilhos na cidade de São Paulo nas linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade. O acidente aconteceu na madrugada do sábado, dia 03 de dezembro de 2022, por volta de 01 hora, e provocou interrupção de linhas, lotação em estações e revolta dos usuários do transporte público.

Situação dos trens:

  • Linha 11: sem circulação entre as estações Corinthians-Itaquera e Tatuapé;
  • Linha 12: sem circulação entre as linhas Engenheiro Goulart e Tatuapé;
  • Linha 13: suspensão do serviço Expresso Aeroporto.

Segundo a CPTM, técnicos da companhia atuam junto à empresa do trem acidentado para a retirada dos vagões de cargas das vias, mas ainda não há previsão para a normalização dos serviços.



“Das cinco locomotivas, com 10 vagões de carga de areia e seis de bobina, a CPTM já retirou todas as locomotivas e cinco vagões de carga de areia. Após a liberação total do trem de carga, a companhia fará uma avaliação dos danos causados pelo descarrilamento, e só então será possível prever o tempo para liberação das vias”, informou a companhia em nota.



O Blog Report News Bahia entrou em contato com a CPTM na manhã deste domingo (04) para buscar informações sobre o serviço. Segundo a empresa, até o momento não há previsão de normalização. A CPTM ainda relatou que não tem informações sobre como será o serviço nesta segunda-feira (05).   



“Será necessário retornar o contato para certificar a informação, pois até o momento não temos informação de normalização”, disse a empresa.



Foto: g1

PAESE:

Enquanto as linhas 11 e 12 estiverem bloqueadas, os passageiros serão atendidos pelo Sistema PAESE (Plano de Apoio entre Empresas de transporte em Situações de Emergência) nos trechos em que não há circulação de trens.

A CPTM informou, ainda, que “a solicitação de mais ônibus passa por uma avaliação de disponibilidade das empresas e pela capacidade de atendimento, pois os veículos que são encaminhados para atendimento das solicitações saem de circulação das linhas de origem”.

FUVEST no domingo:

Por conta da prova da FUVEST neste domingo (4), a SPTrans fará reforço da operação de duas linhas que realizam o percurso entre a Estação Butantã e a Universidade de São Paulo (USP) para atender ao público.

As linhas 8012/10 e 8022/10, ambas denominadas Metrô Butantã — Cidade Universitária, circulam no interior da Cidade Universitária e serão reforçadas com um total de 10 viagens extras.

Dificuldades após descarrilamento:

O descarrilamento provocou revolta dos usuários do transporte sobre trilhos na cidade de São Paulo. Por conta do acidente na Linha 11-Coral, os trens circulam em dois loops: entre as estações Estudantes e Corinthians-Itaquera e Tatuapé e Luz, ficando interditado o trecho entre Corinthians-Itaquera e Tatuapé.

Já na Linha 12-Safira, os trens circulam em dois loops: entre Calmon Viana e Engenheiro Goulart e Tatuapé e Brás, ficando interditado o trecho entre Engenheiro Goulart e Tatuapé. O Expresso Aeroporto ficará suspenso durante a atuação das equipes. A camareira Tatiane Mota se queixou de ter que pagar duas passagens em razão do problema.



“Quando a gente entra na plataforma que a gente vê que está paralisada. A gente não tem dinheiro para pagar passagem por conta de erro deles. Não vou chegar nunca no meu serviço se eu pegar a CPTM, vou ter que pagar”, desabafou.



Para auxiliar na circulação dos passageiros, foi acionado o Sistema Paese, que colocou 67 veículos nos trechos interditados, mas o número não foi suficiente para atender a demanda. Passageiros relataram longas filas de espera e dificuldade em conseguir embarcar. Viagens que levariam 20 minutos, foram feitas em mais de uma hora.



“Pra entrar nesse Paese , até uma mulher grávida com criança teve que descer, porque não estava aguentando. Estava sendo espremida, chutada, xingada. Complicado…”, contou Tatiane.



O coordenador de atendimento Raimundo Lopes foi para a estação Brás ainda de madrugada, mas por volta de 8h30min ainda não havia conseguido chegar ao serviço.



“Estava tudo parado, muito cheio, um inferno. Os ônibus chegando tudo cheio agora. Muito ruim, porque não tem orientação nenhuma lá”, disse.

“Um descaso, um sofrimento, você não tem ideia do que os velhos estão passando de Engenheiro Goulart até chegar aqui. Consegui embarcar porque um senhor me empurrou, se o homem não me ajuda a entrar no ônibus, eu não teria chegado aqui”, disse a aposentada Nena Santos.



Por g1 SP — São Paulo



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