O primeiro Dia dos Pais de Eduardo Corte como pai, neste domingo, dia 11 de agosto de 2019, será no dia em que Arthur Corte Rosa completa um mês de vida em Florianópolis. O autônomo encara os desafios da paternidade sem a mulher Gizelly, que morreu cinco dias após dar à luz. Ele aposta no amor e na dedicação para criar o filho, que tem Síndrome de Down.
Gizelly e Eduardo se conheceram em uma festa e em quatro meses estavam morando juntos. No Natal, descobriram que seriam pais.
“A gravidez foi mágica, sublime, perfeita. Ela falava pra mim: por que você fica tanto atrás de mim? Porque cada vez você está mais linda”, lembra Eduardo.
Cinco dias após o nascimento do pequeno Arthur, Gizelly morreu por Síndrome de HELLP, uma complicação rara causada pelo aumento da pressão arterial no final da gravidez. Ele conta que ela tinha quatro sonhos na vida, todos realizados.
“Os quatro sonhos dela: o primeiro era ir pra Disney, ela foi com 14, 15 anos. Aí ela queria se casar. Daí ela falou que casou com o homem da vida dela. Isso para mim não tem preço. Porque eu casei com a mulher da minha vida. O segundo maior sonho da vida dela, em 39 anos, era ter a casa própria. Faz três meses que nós compramos esse apartamento. E o último, cara, era ser mãe”, conta emocionado.
O pai se adapta às funções que seriam divididas com a mulher. E encontrou nas redes sociais aliados que interagem e ensinam os cuidados com o bebê. O pequeno o dá forças para seguir em frente.
“Eu tô um dia após um outro, mas já estou fazendo metas daqui um ano. Porque o Down demora um tempo pra andar. Para chegar lá na frente, daqui um ano, as pessoas que pensaram que ele ia andar com um ano e cinco meses, e ele andou com um. Porque vai ter muito amor da minha parte, não vou medir esforços”, diz.
“Cada vez que ele tá bem eu sei que tá dando certo, nós estamos no caminho certo, que não vai ter mudanças. Um elo entre o pai e o filho.”
Fonte: G1 Santa Catarina.
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