A transposição das águas do Rio São Francisco é o maior projeto de infraestrutura do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A obra, que teve início no ano de 2007, visa a construção de 720 mil metros de canais que irão transferir de 1% a 3% das águas do São Francisco para abastecer açudes e rios intermitentes dos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Nesta semana, foi realizada uma reunião para tratar sobre novos percursos da transposição, podendo assim, beneficiar alguns municípios do estado da Bahia, até mesmo o Rio Jacuípe.
Em entrevista ao Acorda Cidade, o chefe de Educação Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Feira de Santana, João Dias, explicou que além dos municípios da Bahia serem beneficiados com este projeto, o distrito de Jaguara pode ser também contemplado.
“Nós tivemos uma reunião com o comitê do Paraguaçu, junto com a secretaria de Meio Ambiente dos municípios de São José do Jacuípe e de Várzea da Roça e o assunto discutido que também teve a participação da Secretaria Estadual de Agricultura e no Instituto de Recursos Hídricos da Bahia, para tratar sobre este tema da construção do canal do sertão para transportar ou soltar água do São Francisco que viria do Lago do Sobradinho até o Rio Jacuípe e em São José do Jacuípe, onde tem a terceira maior barragem do estado. A nossa esperança é que para o distrito de Jaguara, um local muito seco, serviria para melhorar a condição do espaço”, disse.
De acordo com João Dias, um novo encontro será realizado nesta semana no município de Várzea da Roça com a presença de deputados estaduais que fazem parte da comissão.
“Nós tivemos esse encontro em São José do Jacuípe e na próxima quarta o encontro será em Várzea da Roça do lado da barragem e contaremos com a presença de alguns deputados estaduais que fazem parte da comissão de seca e meio ambiente da Assembleia Legislativa. Todos os prefeitos dos 44 municípios foram convidados e depois, todo encaminhamento será levado ao Ministério da Integração Regional. O que não aceitamos é que venham com respostas dizendo que não há dinheiro, porque sabemos que o Brasil realizou a Copa do Mundo, tem estádio por aí que hoje não serve para nada, o Brasil sediou as Olimpíadas e não se pode dizer que não há dinheiro para um projeto tão importante como este, o que falta é a compreensão e vontade política”, concluiu.
Por Gabriel Gonçalves com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.
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